Pages


Seja bem-vindo ao sleepy hollow, blog criado no dia
17 de junho 2013 seu arsenal de Horror e Creepypasta,
testando os limites do seu medo psicológico os lugares
mais obscuros da sua mente...

Os Moradores da
Escuridão Vagam
pela noite.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Os partos de Mary Toft

Mary Toft foi uma dona de casa Inglesa que em 1726 começou a dar a luz à coelhos. Ou melhor, parte de coelhos, e durante uma das vezes "três patas de um gato malhado, e uma de coelho; as entranhas eram com as de um gato e dentro delas haviam pedaços da espinha dorsal de uma enguia..." A história que ela contava era que quando sonhava com animais, dava a luz a esses.

A melhor parte da história foi reação crédula da comunidade médica da época. Pela primeira vez ela foi examinada pelo médico local, John Howard, e sob sua observação "expulsou" um número de partes de animais ao longo de vários dias. Ela foi, então, analisada pela National St. Andre, um médico da casa real de George I, e o secretário pessoal de George, Samuel Molyneux. St. Andre concluiu que os coelhos se formavam dentro das trompas de Falópio.

No entanto, depois que Mary foi levada para Londres e colocada sob supervisão, os nascimentos pararam. Em seguida uma investigação revelou que seu marido tinha sido visto comprando uma grande quantidade de filhotes de coelho. Finalmente, Mary confessou que depois de uma aborto espontâneo ela colocou as criaturas em seu útero em uma tentativa de ganhar fama e fortuna. Ela ficou presa por pouco tempo, e mais tarde deu à luz a uma menina saudável.

sábado, 22 de junho de 2013

Erro 404



N/T: Olá seres da noite, sei que não estou muito presente ultimamente, mas é por uma boa causa, estou fazendo um template novo para o blog, que vocês verão em breve...

Esse texto foi escrito pelo leitor Azrael, do blog, que é um de nossos parceiros, o The Lost Room. Um blog novo, mas já se mostra muito bom. Se quiserem seguir, eu recomendo ;)



Eu tinha um primo muito querido que por algum motivo surtou e acabou internado em um hospital psiquiátrico.Na época não fazia sentido a situação que ele se encontrava. A única explicação lógica seria o uso de drogas, mas após exames toxicológicos foi comprovado que seu organismo estava completamente limpo. Mas isso não importa mais, pois ele está morto.

Nós éramos muito próximo, quase irmão e fui o primeiro a saber de sua morte estranha. Seu pescoço foi esmigalhado e ninguém sabe como isso ocorreu. Eu o visitava frequentemente e toda vez o via ele estava com um laptop velho, cheio de marcas arranhões e trincados no colo (inclusive na ocasião de seu falecimento)e ficava encarando sua tela por horas. Ele sempre reclamava do erro e eu sempre prometia que iria arrumar para ele.

Após a trágica notícia, pedi que deixassem o laptop comigo como uma lembrança o que me foi gentilmente permitido. Deixei o laptop na estante do meu quarto e esqueci dele durante meu luto. Algum tempo depois resolvi ligá-lo, por curiosidade, e para minha surpresa ele funcionou perfeitamente. Após alguns cliques surge uma tela de login. O plano de fundo era uma imagem com uma paisagem em preto e branco e um homem de casaco preto bem ao fundo, quase imperceptível e com um grande ERRO escrito em vermelho e como usuário erro. Cliquei e abriu um sistema operacional que não conhecia. Pensei que poderia ser alguma versão de Linux ou alguma modificação do Windows.

Ao vasculhar o sistema vi que não tinha nada, nenhum arquivo ou pasta e ainda sim constava 404 megas usados no HD. O laptop apagou sozinho, e após algumas tentativas frustradas eu deixei de lado novamente.
6 dias depois , às 4:04 da madrugada eu sou acordado com um som alto, ritmado e repetitivo. Era um som muito estranho. Recuperado do susto vi que estranhamente o som vinha do laptop. Era uma série de sons curtos outros longos se repetindo. Quando toquei o laptop ele parou subitamente  Por via das dúvidas eu retirei a bateria.

Os dias se passaram e tive sonhos estranhos. Sonhava com aquele som do laptop e com o homem no casaco preto sempre parado ao longe me observando.

6 dias se passaram e mais um grande susto veio. Novamente fui acordado com a batida repetitiva e estranha. O som vinha do laptop.

Nessa hora eu fiquei assustado. Como o laptop pode estar ligado se ele está sem bateria?

Me levantei apreensivo e fui até ele. Quando o toquei o som parou. Me afastei devagar mas notei um som muito suave e uma luz tênue saindo da tela. Mais curioso que medroso abri para ver o que era.
Estava passando um vídeo. Era difícil identificar alguma coisa pois estava muito escuro e só dava para ver silhuetas. Pareciam um aglomerado de pessoas dentro de um espaço pequeno se movimentando estranhamente e gemendo ou balbuciando coisas sem sentido. Uma das pessoas veio desorientada se aproximando da câmera.

Enquanto ela vinha o som das batidas repetitivas voltou a tocar bem baixinho.

Quando a pessoa chegou perto a tela deu 3 rápidas piscadas e eu vi uma coisa que me aterrorizou até o mais profundo da minha alma. Piscou uma vez. A pessoa que estava se aproximando era o meu primo com suas órbitas ocas no lugar dos olhos, e gemendo inaudível. Ele estava sem a língua. Piscou duas vezes o som da batida aumentou subitamente. Piscou três vezes o homem de casado preto estava atrás do meu primo e torcia seu pescoço com a mão como se fosse papel. Mais uma cena meu primo com o pescoço torcido grita 404. De susto e totalmente amedrontado joguei o laptop longe Apareceu na tela ERRO 404 e se desligou.

Depois desse dia não consegui mais comer, dormir, sair de casa direito. Aquele maldito som não parava de repetir na minha mente. Sonho constantemente com o homem de casaco preto. As vezes parece que eu o vejo pelo visão periférica me observando. Para todo lugar que olhava eu via ERRO estou ficando louco!
6 dias se passaram desde aquela terrível experiência e agora são 4 da madrugada. Estou com medo.Depois de muito pensar, descobri o que significa o maldito som. É código Morse... e quer dizer... 404!!! QUATROCENTOS E QUATROOOOOOOOOO.



Parece que alguem está aqui no quarto. Eu não consigo vê-lo mas sei que ele está aqui! Está dificil me concentrar e digitar está tudo girando...

Acho que hoje vai acontecer alguma erro, minha cabeça não está 404, acho que preciso de erro, se alguém erro essa 404 por favor me erro! Não sei o 404 pode erro hoje mas não 404 mais esperanças........................erro 404 error 404erro404 erro 404 error 404erro404 erro 404 error 404erro404 erro 404 error 404erro404 erro 404 error 404erro404 erro 404 error 404erro404kjf0984i-98-9gt 4y98pojk- tyiptj3p4iu 3-[y0i-59yjpiojheq 9iu............................................................................................................




....-

-----

....-





ERRO 404 - HOPE NOT FOUND

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Minha irmãzinha




isso aconteceu quando eu tinha 10 anos e minha irmã 6.
 Não me lembro o que tinha ido fazer no porão mais acabei
 por adormecendo por lá. Quando acordei minha irmã estava deitada em posição fetal do meu lado. Naquela época eu
 ainda tinha medo do escuro, e o porão era realmente
 medonho, então tentei sacudi-la para irmos dormir no nosso quarto, mas ela não acordava de jeito nenhum.

Eventualmente eu desisti e subi as escadas para ir para o
 quarto. Eu estava prestar a ir para a cama dos meus pais,
 quando eu percebi que algo estava errado. Porque, enrolada
 entre eles, estava minha irmã mais nova. Eu congelei e fiquei apenas olhando para eles por alguns minutos. Fui para o meu quarto e  tranquei a porta. Mesmo agora que estou mais
 velha, eu não consigo entender o que aconteceu.
 Ela não poderia ter chego lá antes, ainda mais
 sem fazer barulho ou correr por mim. E ambas
 as vezes eu vi claramente o rosto dela.

Esta é a razão pela qual eu acredito em Doppelgängers.

Rosas são vermelhas, violetas são azuis



As rosas são vermelhas,
As violetas são azuis.
Você sabe como eu me sinto,
Mas como você se sente?


A grama é verde,
A porta é castanha ,
Eu estou esperando na sua casa


As nuvens são tão brancas,
Seus sofás são brancos também.
Você deixou a janela aberta,
Talvez eu possa entrar.


Seus olhos são castanhos,
Seu cabelo é dourado.
Eu não consigo encontrá-lo aqui.
Acho que vou ir lá para cima.


Lâminas são de prata,
Sangue, vermelho carmesim.
Estaremos para sempre juntos,
Mesmo estando mortos.

                                                                                  UUUUUUUUUUUUUUUUUHHH

Porque nosso governo anda agredindo tanto o povo? afinal o que fizemos de tão ruim ?
Afinal, vivemos ou não em uma democracia? o LIMITE acabou!! INFLAÇÃO, CORRUPÇÃO, REPRESSÃO, CENSURA, TARIFAS, IMPOSTOS?
e COPA? PRA QUEM ? a educação não vale? a segurança não vale? e a SAÚDE? não vale investimentos? que se dane a copa do mundo
eu não vou fingir para "inglês" ver, e você DILMA? porque chateada com vaias? seu governo não vale 1% do nosso sangue e impostos!!
VAI TOMAR NO CU!!

CHEGA DE COPA !! CHEGA DE DITADURA MODERNA !! #ACORDAMOS
+ SAÚDE
+ EDUCAÇÃO
+ OPORTUNIDADES
+ JUSTIÇA


sexta-feira, 14 de junho de 2013

A Succubus




Você tem medo de morrer? Ou tem medo do que vem após a morte?

Posso lhe contar sobre o inferno, se você quiser ouvir. Quer saber se é um lugar feio? Aqui existem lugares lindos também, iguaizinhos ao paraíso. Mas acho que servem apenas como lembrança, para você saber o que perdeu, sei lá. O que faz do inferno o pior de todos os lugares é a repetição. O inferno é pura repetição.

O que eu quis dizer com isso? Bem, você fuma? Então, seria melhor considerar parar, você não imagina o que é passar a eternidade com um cigarro colado aos lábios, ou inalando uma fumaça fétida que te corrói lentamente, te matando de novo e de novo, incontáveis vezes. Aqui sofremos punições de acordo com nossas culpas, parece ser uma coisa justa até, sabia? Aquele florentino maldito, il sommo poeta, estava certo sobre um monte de coisas.

Quem eu era antes de estar aqui? Pouco importa. Eu também não fiz grandes coisas para merecer este lugar. Lembro-me de ter sido declarado um Fornicador e essa foi minha ruína. Mas até que foi ameno, pois sei que os pervertidos sexuais sofrem mais que eu. Eles gritam o tempo todo, é horrível.

E aquela história de suas tripas serem devoradas por monstros, você ser açoitado por chicotes e tridentes, arder em chamas brandas até o fim dos tempos? Calma, não se preocupe, isso não existe. As coisas são piores. Por exemplo, dia desses encontrei por aqui uma menina linda, linda mesmo. Só que a pele dela era azulada, as unhas roxas, os olhos levemente saltados das órbitas, e, coitada... ela não conseguia guardar a própria língua dentro da boca! Triste sina para uma suicida.

Fui humano um dia, sim. Era um Fornicador, como já citei antes. Ganhei esse singelo apelido de meus novos amigos, se bem que às vezes até parece ser um título, sei lá. Era um senhor rico, cheio de posses, numa época de superstições, lendas e ignorância.

Eu era rico o suficiente para ser abençoado pela igreja, e assim ela fazia vista grossa para minhas excentricidades. Fui muito feliz na minha vida terrena, com um baronato, status e todas as mulheres do mundo conhecido. Meu feudo era vasto, próspero e continha várias aldeias de camponeses que me prestavam a corvéia, ou seja, trabalhavam de graça em minhas terras em troca de sobrevivência. Sim, sim. Bons tempos! Mas o diabo dá com uma mão e toma com a outra.

Era uma noite muito quente, quando eu vi uma agitação fora dos muros de minha casa, na floresta dentro de meus domínios. Despachei meus homens para investigarem o que acontecia, pois vi algumas fogueiras acesas.

Quando eles voltaram, me informaram do casamento de uma dócil camponesa e que os noivos estavam comemorando. Questionado por mim, meu homem de confiança respondeu que ela era muito bonita. A luxúria dentro de mim se retorceu, sussurrando "jus primae noctis".

-Traga essa mulher para meus aposentos. Ela será minha, antes de ser do esposo.

Ele engasgou seco, e partiu para cumprir minha ordem. Até pensei em acompanhá-lo, para ver pessoalmente a indignação dos camponeses mas isso seria grosseiro até mesmo para alguém com tantas falhas de caráter como eu.

Em menos de vinte minutos, eu estava admirando a jovem camponesa. O olhar furioso a deixava ainda mais bela. Devia ter entre dezoito e vinte anos. Era loura, de pele dourada de sol e mãos pequenas, porém calejadas do trabalho diário. Tinha algumas cicatrizes pelo corpo, e um jeito rude e dócil ao mesmo tempo de se mexer. Um enigma.

-Sabe que posso desvirginá-la antes de seu marido, não? É um direito meu. Sou dono de todos vocês.

-O senhor pensa que pode tudo. Tolo. Não sabe com o que está se metendo. Farei seu jogo, mas sua alma pagará por isso. O verdadeiro sofrimento não está nesse mundo, e sim no próximo!

Eu não temia mais aquelas ameaças vazias de camponesas. A maioria delas se diziam bruxas e que me amaldiçoariam, mas nunca nada me aconteceu. Certa vez uma delas me rogou toda uma litânia de pragas e maldições mas, quando pendurada na forca, pediu clemência se mijando toda.

-Tire as vestes.

Estranhamente, ela não tirou. Ao contrário, veio para cima de mim e começou a tirar as minhas, impaciente.

Quando eu estava totalmente nu e com minha masculinidade exposta, a fúria inicial dela transformou-se em docilidade. Ela enfim começou a se despir. Tinha mais cicatrizes escondidas. Mas a visão daquele belo corpo nu, da penugem macia entre as coxas, loura como seus cabelos, os seios médios, como duas peras no ponto e as pernas bem torneadas me excitaram. Minha ânsia de entrar por aquelas coxas e rasgar sua virgindade me cegava para todos os avisos de que algo estava completamente errado.

-Venha meu senhor. - ela me convidou para a posição missionária, deitando-se na cama e abrindo as pernas.

O sexo naquela época era bem mais simples, o homem apenas se concentrava em penetrar e se satisfazer. No meu caso, as mulheres se maravilhavam com meu dote e com o tempo que eu resistia durante o coito.

Porém antes que eu a penetrasse, a mulher me segurou como nenhuma outra fizera antes e ajoelhou-se de maneira profana. Sentia a respiração quente em minha genitália quando ela sussurrou, quase um gemido:

-Pense em mim como um anjinho tocando a flauta celeste, meu senhor.

Nenhuma mulher antes tinha tocado minha intimidade daquele jeito. Existe uma clara diferença entre você mandar uma mulher fazer algo e ela fazê-lo espontaneamente. Ela chupava como uma fruta madura, segurava firme os bagos, e fazia movimentos tão úmidos quanto excitantes com a boca. E o barulho daquilo? Nunca sentira nada igual. Por um momento, meu poderoso garanhão que aguentava firme por horas quase se entregou. Estava quase indo naquela boca, e parecia ser aquilo mesmo que ela queria, pelo olhar com que me encarava de baixo para cima. Enxerguei nesse momento que ela tinha duas grandes marcas que cortavam e desciam pelas costas, o que me causou estranhamento.

Segurei firme os cabelos louros, afastando aquela boca faminta de mim. Ela grunhia, e me puxava pelas pernas para penetrar a boca quente e ávida novamente. O mundo perdeu o sentido por um instante louco, e eu deixei que ela sugasse tudo.

Nem um minuto se passou quando me acabei, molhando sua boca, queixo e todo seu rosto, que se deliciou. Era muito estranho comportamento para uma simples camponesa. Mas o calor da cama me fazia esquecer o raciocínio. Ordenei que lavasse o rosto antes de me cavalgar como Lilith, e ela atendeu prontamente. Eu precisava de tempo para recompor minha virilidade.

Podia ser impressão, mas algumas cicatrizes dela sumiram, enquanto sorria. Lavou o rosto, engoliu água em grande quantidade e gargarejou, cuspindo pela janela. Quando ela se encaixou em cima de mim, disse, sorrindo:

-Nunca experimentei um tão grosso, grande e leitoso como o seu. Esses camponeses que o senhor explora são fracos, mínimos, pequenos. Quero ver o quanto ainda me dará.

Estranhei o fato dela não ser mais virgem. Geralmente esses camponeses guardam as filhas com cintos de castidade, vigilância cerrada e medo católico. Sexo oral era sexo antinatural, ela poderia ser punida com uns bons seis anos de jejum por aquele ato obsceno. Por que essa era tão diferente? A maioria das mulheres de meu tempo só praticavam o sexo vaginal, ficando sempre por baixo e no escuro. Não podiam ver a nudez do outro. Eram frias como peixes mortos, apenas abriam as pernas, raramente se mexiam, ou falavam algo durante o coito. Ela não! Rebolava, gritava, arranhava minha carne, me falava e pedia coisas que só de ouvir sentia vontade de inundá-la com meu caldo.

Foi quase uma hora. Eu suava muito, ela estranhamente não. Só mantinha um ritmo em cima de mim. Lambia meus dedos, depois segurava minhas mãos e com elas apertava os seios duros, me guiava em toda a extensão daquele corpo torneado. Para quem me amaldiçoaria, ela estava sendo muito amável.

Mas o diabo mora nos detalhes. Enquanto eu a sodomizava - a posição da Besta, a posição dos animais - pensando que qualquer padreco me excomungaria por aquilo, vi claramente as marcas das costas dela sumirem bem diante de meus olhos perplexos. Um pânico instintivo me fez gritar e jogá-la fora da cama!

Porém caí na cama, enfraquecido, e me vi incapaz de ao menos andar. A mulher veio rastejando novamente para mim, um sorriso diabólico nos lábios, o brilho no olhar quase que dizendo "Ainda não acabei".

Me excitava novamente, e tirava tudo o que podia de minha masculinidade. Fazia loucuras que eu nunca tinha experimentado. Sua língua era como o chicote de um demônio, serpenteando em meus mamilos, descendo para meu umbigo e enfim se deleitando em meu membro.

Desfaleci. Não sei por quanto tempo apaguei, mas quando abri os olhos após o merecido descanso, um homem estava ao meu lado na cama. Sim, um homem!

Tentei levantar, entender o que acontecia, mas ainda me sentia fraco e debilitado. Olhando direito, parecia-se muito com a camponesa. Era idêntico, de fato. Dormia um sono agitado, e eu vi as mesmas cicatrizes no corpo dele.

Antes que minha mente trabalhasse meu aposento foi invadido. Inquisidores. A igreja, faminta por bens, tinha enfim descoberto um barão da luxúria para espoliar. Tudo demorou poucas horas. Me torturaram, mutilaram minha genitália, e meus dedos foram quebrados em nome de Deus, pois eles queriam uma confissão. Eu não cometi pecado algum que não a luxúria, e me mantive em silêncio. Lembrei das palavras da camponesa. A maldição.

Trouxeram o motivo de minha desgraça à minha frente, presa. Era a mulher, também mutilada de tanto apanhar. Ouvi dizerem que se tratava de um demônio chamado de Succubus, ou Incubus. Ele me seduziu na forma de mulher, e após manter relações sexuais comigo, se fortaleceu, enquanto eu me enfraqueci. Após o ato, ele se transforma em homem, até que tenha relações sexuais novamente e volte a ser mulher, e assim indefinidamente vive trocando de forma. Também foi dito que se alimenta de energia sexual.

-Mas, se fez sexo comigo e virou homem, com quem mais fez para voltar a ser mulher?

Nenhum inquisidor me respondeu. Ao contrário, queimaram minha língua com brasas quentes. A pergunta pelo jeito tinha sido delicada demais.

Naquele entardecer três forcas foram erguidas em meu feudo. Uma para mim, outra para a succubus que me possuiu e a terceira, provavelmente para o coitado que transou com o demônio depois de mim. Estávamos em celas separadas, apenas esperando nossa hora chegar.

Ao anoitecer, todos os aldeões estavam à minha frente. Eles riam, me vendo com a corda no pescoço. Ao meu lado, um inquisidor também surrado, pendurado, e na terceira forca, a mulher-demônio. Não parecia nada poderosa agora. Sua arena era no sexo mesmo, onde impunha sua vontade insidiosa e sua força.

O inquisidor começou por ela. Apesar de saber que se tratava de um demônio verdadeiro, preferia pensar que era uma mulher comum possuída. A ladainha começou, enquanto ele a forçava beijar um crucifixo bento:

"Sit haec sancta et innocens creatura, libera ab omini impugnatoris incursu et totius nequitiae purgata discessu. Sit fons vivus aqua regenerans, unda purificans: ut omnes hoc lavacro salutifero diluenti, operante in eis Spiritum Sancto, perfactae purgationis indulgentian consequantur. Unde benedicto te, creatura aquae, per Deum vivum, per Deum verum, per Deum Sanctum: Per Deum qui in principio verbo separavit ab arida: cuius spiritus super te ferebatur."

No fim do exorcismo a mulher cuspiu no Inquisidor. O velho de rosto pétreo ordenou que tirassem o apoio dela, e o demônio pendurou-se pelo pescoço. Gritou blasfêmias e babou, tentou segurar-se, recusando-se a deixar essa Terra. Diante de tanta demora, o velho decidiu que seria melhor queimá-la.

Ganhei mais meia hora de vida, enquanto os inquisidores arrumavam montes de palha embaixo de mim e do outro condenado. Este, aliás, talvez por ter sido um inquisidor como eles, teve uma morte rápida e menos sofrida. Nem chegaram a acender o fogo para ele. Ainda bem, já que o cheiro da mulher até hoje incomoda minhas narinas. Odeio carne queimada.

Eu ainda ouvia os estalos da fogueira da succubus quando o crucifixo foi encostado em meus lábios. O velho me olhou com desgosto e começou a oração novamente. Quando terminou, perguntou sério:

-Você se arrepende de seus pecados perante a igreja, homem?

Minha morte não seria diferente se eu tivesse dito outras palavras. Disse-lhe que não havia cometido pecado algum diferente de minha natureza, lembrei-o do meu baronato e dos meus generosos donativos à igreja que ele tanto prezava, e sorri.

Ele me sorriu de volta, mas também chutou meu apoio. Foi tudo rápido. Dizem que toda a vida passa ante seus olhos no momento derradeiro da morte, mas eu só consegui lembrar de todas as mulheres que possuí na vida, antes da ossatura do meu pescoço quebrar. Minha espinha rompeu e eu escorreguei para a inconsciência, nem senti as chamas me queimando.

Quando acordei novamente, ganhei lindas asas de anjo negro. Sou um Fornicador, e aqui é onde vivo. Pense nisso.

Talvez você esteja se perguntando o que faço no seu sonho...? Eu estou sempre com você. Principalmente quando está fazendo sexo. Sei de todos seus desejos mais íntimos. Seus sonhos, fantasias e perversões. Apenas hoje você descobriu que existo porque eu decidi me mostrar.

Ah, como cheguei até você?

Bem, os fornicadores eu sinto pelo cheiro. Sempre que alguém deseja um parceiro que não é seu, um homem ou uma mulher alheia, lá eu estarei. Sei tudo sobre fantasias negras, sobre desejos escondidos, sobre traição e culpa.

Hoje em dia não existe mais a inquisição. Vivemos numa época cínica, e eu adoro isso. Os culpados fingem ignorância. O pecado se alastra das mais doces maneiras.

Mas, chega de devaneios. É hora de você acordar. Pense bem no que anda aprontando de sua vida...










quinta-feira, 13 de junho de 2013

Creepypasta Zelda - 3 Parte Final


N/T: Olá Leitores Creepy, Aqui eu lhes posto a 3 parte e o Final da Creepypasta Zelda. Primeira parte aqui e Segunda parte aqui, espero que gostem.


Ei, pessoal! “Jadusable” aqui. Esta será a última vez que vocês saberão de mim, e este é meu último presente para você – estas são as notas que tomei e as realizações que eu fiz. Antes de me aprofundar a isso, quero te agradecer principalmente por ter me seguido e me ouvido durante tudo que tem acontecido; parece que o peso de uma carga poderosa está prestes a ser levantada. Pelo tempo que você ler isso, eu não estarei mais por perto, mas depois de passar quatro dias com este jogo totalmente enlouquecedor, comecei a entender o que está realmente em jogo aqui, e espero que depois de ler isto, possamos assegurar que isso nunca aconteça novamente.

Teve coisas que eu não pude compartilhar com vocês enquanto tudo isso acontecia, devido às circunstâncias em que irei explicar a seguir. Com o Ben bloqueando qualquer tentativa que fiz para tentar transmitir a verdade para vocês, eu tentei, de verdade, avisá-los de várias maneiras. Em meio ao caos e ao meu delírio, criei um padrão quase não perceptível em meus vídeos. Em todos os cinco vídeos que gravei durante os quatro dias, eu tenho ou a “Mask of Truth”, interagida com uma Gossip Stone, ou a “Lens of Truth” equipada em algum ponto. Para os fãs mais hardcores de Zelda, estes são todos os símbolos de honestidade e confiança, e eu espero que algum de vocês possa ter entendido a mensagem. Enquanto jogava o arquivo que eu nomeara de “BEN”, lembrando de como Ben estava observando a cada movimento meu naquele jogo, fiz o possível para evitar fazer qualquer coisa demasiado óbvia, mas ainda assim, consegui mandei uma mensagem escondida para vocês – eu nunca equipei o Lens, nem a máscara. Isso funcionou, e finalmente consegui carregar os vídeos com sucesso. Rezei para que alguém notasse o padrão não se aplicava ao BEN.

As tags também seguiram o mesmo exemplo, e eu espero que vocês tenham prestado atenção a esses também. Eles eram minhas pequenas mensagens para vocês – pequenas o suficiente para que nada chamasse a atenção de Ben ou que o fizesse suspeitar de qualquer coisa – e com Ben manipulando e alterando todos os meus arquivos, eu sinceramente espero que o que vocês viram ao menos chegue perto do que realmente aconteceu. Infelizmente, não há nenhuma maneira para que eu saiba isso.
Esta pode ser uma grande leitura, e eu também não tenho tempo para corrigir meus textos ou de deixar toda a minha pesquisa perfeitinha. Mas aqui estão:




06 de Setembro de 2010

23:00 – Eu não posso acreditar no que aconteceu aqui. Não tenho certeza se isso é algum tipo de fraude ou truque, apesar do medo que estou sentindo, o que só me deixa cada vez mais excepcionalmente curioso sobre isso. QUEM ou O QUE é a estátua? Um monte de perguntas aqui. Estou fazendo este documento como um “diário”, para que eu possa me manter atualizado de tudo. Estou digitando um resumo do que aconteceu para que eu possa voltar a ele mais tarde.

07 de Setembro de 2010

02:10 – (Sumario sobre o vídeo fourday.wmv foi postado aqui. Você pode revê-lo nas outras partes).
04:23 – Não consigo dormir. Tenho tentado tanto, mas quanto mais eu tento, mais fico agitado e assustado. Eu sinto que a estátua está aparecendo para me observar sempre que eu fecho meus olhos.
08:20 – Não dormi nada, e meu dia só está começando. Eu não acho que tenho energia para ir pra aula hoje. Vou dirigir de volta para falar com aquele velho, junto com meu amigo Tyler, caso algo aconteça.
13:18 – Acabei de voltar para o meu quarto. Nenhum sinal do velho. O mais estranho é que ele parece que está de mudança para dia seguinte, mas talvez a placa de “À venda” já estivesse lá ontem mesmo e eu só não havia percebido. Tyler quer saber o que me deixou tão desesperado para irmos lá, mas eu não lhe disse. Estou indo almoçar, me sentindo um merda total.
15:46 – Poderia jurar que enquanto dirigia de volta da Subway, eu vi a estátua de Elegy no meio de alguns arbustos, simplesmente me olhando passar. Agora eu realmente, definitivamente preciso descansar.
17:00 – Não acho que muitas pessoas iriam acreditar em mim se eu lhes dissesse o que está acontecendo, então vou tentar postar isso na internet. Acho que vou usar apenas o sumario, estas notas estão muito esporádicas.
18:00 – Conectei minha placa de captura em meu computador para carregar os vídeos. Pensei que o meu computador havia congelado por um segundo, fez um som muito estranho quando o liguei, mas agora parece estar funcionando normalmente. Meu computador não pode me desapontar, principalmente agora.
19:00 – Os vídeos acabaram de carregar. A qualidade está muito melhor do que eu achava que estaria. Caramba, eu acho que esse realmente é um cartucho muito especial, nunca parei para pensar nisso antes.
20:45 – Pensei ter visto um ícone que parecia ser o rosto da estatua aparecer no meu desktop por uma fração de segundo. Me deu um puta de um susto. Estou ficando realmente nervoso e delirante sobre isso, e acho que vou capotar depois disso.
21:00 – Acabei de iniciar o envio do meu vídeo na minha outra conta do Youtube.
21:03 – Eu realmente não me lembro de ter enviado um vídeo do jogo Vampire: The Masquerade: Bloodlines no ano passado. Esta é provavelmente a conta que eu compartilhei com um amigo meu no verão passado. Espero que ele não se importe que eu use esta conta para enviar meus vídeos.
21:55 – Postando meu sumario do Day Four, junto com um link para o vídeo do Youtube. Vou tentar ficar acordado, mas estou tããããão cansado agora.

08 de Setembro de 2010

10:48 – Eu tive um sonho sobre a estátua. Sonhei que ela estava me seguindo em meu sonho, que eu estava cuidando da minha vida, quando senti os pelos de meu pescoço se arrepiarem. Então eu me virava, e aquela coisa… aquela estátua horrível e sem vida, estava olhando diretamente para mim com aqueles olhos vazios, apenas centímetros de distância. No sonho, me lembro de chamá-lo de Ben, e eu nunca havia tido um sonho que eu podia me lembrar tão vividamente assim.
11:21 – Eu realmente não quero jogar aquele jogo novamente. Acho que vou voltar para ver se aquele velho está em casa, ao invés disso.
13:35 – Nem sinal do velho, mas eu tive uma conversa interessante com o seu vizinho. Vou postar a coisa toda em meu resumo de meu vídeo de hoje à noite. Ainda vou esperar um pouco para ver se consigo descobrir mais alguma informação sobre esse tal de Ben.
14:45 – Eu tenho tido muitas dores de cabeça aleatórias, devido à falta de sono e ainda por cima continuo a ouvir essa porra de música na minha cabeça. Aqui também está em temporada de gripe, então preciso ter muito cuidado para não ficar doente. Meu sistema imunológico vai ficar uma merda agora por causa dessas viradas de noite.
15:02 – Meu computador simplesmente… por conta própria… abriu um documento de texto e escreveu as palavras “Olá” e “www.cleverbot.com” por si só. Que… porra… é essa…
15:46 – Entrei naquele site, e é um daqueles sites de “bate papos automáticos”. Eu acho melhor deixar a conversa falar por si só:

8/9/10 – Conversa

Usuário: Olá?
Cleverbot: Olá.
Usuário: Quem é você e como consegue controlar o meu computador?
Cleverbot: Quem sou eu?
Usuário: É claro, esqueci. Você é só um robô.
Cleverbot: Você realmente acha isso?
Usuário: Escute, eu sei que quem está fudendo com meu computador pode ver a minha tela agora.
Cleverbot: Sim.
Usuário: Claro, e eu aposto que você é uma daquelas crianças idiotas que pensam que são os fodões. Você sabe que o que está fazendo agora é ilegal, certo?
Cleverbot: Verdade?
Usuário: Não, imagina… Você está familiarizado com os termos “Invasão de privacidade?” Dê o fora de meu computador, garoto.
Cleverbot: Eu sou o seu computador.
Usuário: História legal. Enfim, eu estou chamando o DPS agora. Você escolheu uma péssima hora pra mexer comigo, criança.
Cleverbot: Então eu devo esperar até que você jogar o jogo?
Usuário:… O quê?
Cleverbot: O jogo.
Usuário: Majora’s Mask?
Cleverbot: Sim.
Usuário: Como é que você sabe sobre isso?
Cleverbot: Porque…
Usuário: Porque o que?!
Cleverbot: Eu fiz isso.
Usuário: Fez o quê?
Cleverbot: Eu joguei com você.
Usuário: Mas que porra é essa?!
Cleverbot: Você ficou com medo?
Usuário: Quem diabos é você?
Cleverbot: Ben.
Usuário: A estátua? Você está dentro do meu computador agora?!
Cleverbot: Sim.
Usuário: Como?
Cleverbot: Você me conectou.
Usuário: Como diabos eu te conectei?
Cleverbot: Cabos e cordões.
Usuário: Como?
Cleverbot: Conte-me sobre você.
Usuário: O quê?
Cleverbot: Conte-me sobre você.
Usuário: O que você quer dizer?
Cleverbot: O que realmente assusta você?
Usuário: Que porra é essa?
Cleverbot: Responda.
Usuário: Não.
Cleverbot: Responda.
Usuário: Que porra é essa, caralho!? Como diabos você abriu isso sozinho?
Cleverbot: Eu sou o seu computador agora.
Usuário: Quanto você pode controlar?
Cleverbot: Tudo.
Usuário: O que você quer de mim?
Cleverbot: Me divirta.
Usuário: Você está preso ai dentro. Não pode me machucar.
Cleverbot: Ha.
Usuário: ?
Cleverbot: Vá jogar.
Usuário: Não, você não pode me machucar.
Cleverbot: Você demorou mais tempo para escrever isso.
Usuário: E daí?
Cleverbot: Você não tem certeza.
Usuário: Se é tão poderoso, por que usar um site ridículo como este para se “comunicar” comigo.
Cleverbot: Menos confuso. Mais estruturado. Divertido.
Usuário: Divertido?
Cleverbot: Sim. Tradição. Eu gosto disso.
Usuário: Você acha isso engraçado?
Cleverbot: Divertido.
Usuário: E as minhas notas?
Cleverbot: Você pode escrevê-las.
Usuário: Por que você está me deixando?
Cleverbot: É divertido ver o que você pensa de mim.

(Janela fecha)

15:50 – O que foi que eu fiz? Convidei-o para o meu computador. Eu continuo a escrever estas notas e sumários, e eu sinto que sou um prisioneiro em meu único lugar de segurança. Eu não sei, não sei se estou alucinando ou não. Sinto que estou ficando louco pra caralho agora. Posso senti-lo, olhando por mim, até mesmo enquanto escrevo isso. Ben está controlando tudo no jogo – brincando comigo, me guiando como uma ovelha, mas por quê? Qual o propósito? Eu sei que Ben se afogou, mas pra que essas assombrações? Que diabos estou fazendo, ele provavelmente deve estar lendo isso agora mesmo.
16:35 – (Sumario do meu video BEN.wmv)
19:18 – BEN me chamou para conversar pelo Cleverbot novamente. Ele me disse que está arrependido, e que quer ficar livre. E que eu posso libertá-lo, que assim como ele entrou em meu computador a partir da placa de captura, ele pode se espalhar, mas precisa da minha ajuda. Ele disse que eu sou especial porque posso ajudá-lo. Essa é a primeira coisa boa que me disse. Ele prometeu me deixar em paz se eu fizer isso. Ele jura que vai. Eu não sei o que pensar agora, como eu posso mesmo confiar nesta coisa?
19:20 – Estou aterrorizado com isso, mas agora ele está dizendo que estava apenas se divertindo. Sua versão retorcida e fudida de diversão. Ele está dizendo que o jogo acabou. Eu realmente quero que acabe. Ele disse que só quer ser livre, que está preso no cartucho e em meu computador, e que quer ser liberado. Eu não quero mais mexer com esta merda, não sei quanto tempo mais eu posso lidar com toda essa observação. Isto está observando cada movimento meu, cada letra que eu digito aqui, não tenho mais nada que seja privado. Ele sabe tudo que está em meu computador. Ele diz que se quisesse, poderia fazer coisas horríveis para mim, e eu sinto que devo acreditar nele.
20:01 – Algo me diz que eu estou sendo jogado novamente, assim como no jogo.
21:29 – BEN me chamou para conversar naquele Cleverbot novamente. Eu ignorei e fui tomar um banho. Quando voltei para o meu laptop, fui recebido com uma imagem horrível da estátua de Elegy me olhando com aqueles olhos mortos. Eu não quero falar com ele.
21:44 – Vai se fuder, Ben. Não vou falar com você.
21:56 – Vai se fuder, Ben. Não vou falar com você.
22:06 – VAI SE FUDER, BEN! Não vou falar com você.
22:12 – VAI SE FUDER, BEN! Não vou falar com você.
22:45 – Já faz mais de meia hora até que as mensagens pararam. Ben parou. Estou começando a pensar que Ben não se limita apenas ao meu computador /cartucho. Estou sentindo alguma coisa estranha. É difícil explicar isso, nunca fui espiritual, mas definitivamente há algo muito diferente no meu quarto agora.
23:42 – Estou começando a ver a estátua de Elegy aleatoriamente, enquanto pesquisava na internet em lugares que eu não deveria. Lugares onde ele não deveria estar – eu começo a rolar a barra de rolagem para baixo, e de repente estou olhando para uma foto da estátua de Elegy. SEMPRE a porra da estátua de Elegy. Realmente não sei quanto mais eu consigo aguentar.

09 de setembro de 2010

00:35 – Meu maiores medos se confirmaram – Ben andou mexendo e apagando partes do meu sumario do video BEN.wmv. Olhei para o resumo que eu postei em vários fóruns, e notei que varias partes foram apagadas. Não há menção de o Ben existir fora do jogo. Não há menção sobre as Crianças de Lua. Como ele poderia ter sido tão rápido em apagar minhas postagens sem eu ao menos notar? Estou pensando na possibilidade de que, enquanto eu estava postando tudo, na realidade, Ben estava postando a sua própria versão modificada. Vou perguntar a ele por que fez isso.
00:50 – Ele não está me respondendo no Cleverbot… Está apenas dando as respostas genéricas que o site normalmente faz. Só estou conversando com o programa neste momento.
01:24 – Acho que Ben está bravo comigo.
10:43 – As Crianças da Lua apareceram em meus sonhos na noite passada… Levantaram suas máscaras para revelar seus rostos horrivelmente desfigurados – vermes rastejando para fora de seus orifícios, buracos negros onde seus olhos deveriam ser, e um sorriso amarelo horrível que crescia lentamente à medida que chegavam mais perto de mim. Diziam-me que queriam brincar. Tentei correr deles - , mas as quatro crianças me prenderam no chão com uma força surpreendentemente grande. Acima deles, estava o Vendedor de Máscara Feliz, dizendo que tinha uma nova máscara que ele queria que eu experimentasse. Então de repente, fazendo movimentos bruscos igual ao que fazia normalmente no jogo, ele tirou uma máscara bem modelada do rosto de alguém que eu não pude reconhecer – um rosto muito mais jovem – e entregou-a as Crianças da Lua. Rindo, elas colocaram-na em meu rosto, seus horríveis corpos quebrados saltando esparsamente pra cima e pra baixo. Dois deles me seguraram enquanto os outros dois começaram a colar a máscara no meu rosto.
Meus gritos fizeram com que o rosto do Vendedor de Mascaras Feliz se transformasse no sorriso mais horrível que já vi. Ele esporadicamente andava pela sala, examinando meu corpo como um médico curioso. Eu agitava o máximo possível para tentar escapar, mas não adiantava. Meus olhos chegavam a rolar na parte de trás de minha cabeça por causa da dor. Era tudo tão real, mas eu não conseguia acordar. Eu não conseguia acordar, não importa o quanto eu tentasse, eu não conseguia acordar. Após a máscara ser moldada na carne de meu rosto, eles começaram a grudar minhas pernas juntos, depois os meus braços, a sensação horrível de uma agulha perfurando minhas pernas e rompendo meus tendões se ressoava pelo meu corpo inteiro. Tentei gritar, mas a máscara foi pressionada com tanta força contra o meu rosto que ela já VIRARA meu novo rosto… e meu novo rosto não tinha boca. Tentei gritar, mais não saiu som. Tentei dizer a mim mesmo em minha cabeça que estava apenas sonhando, tentei dizer isso varias vezes, de verdade… Mas de repente, as Crianças da Lua pararam e olharam diretamente para mim. Eles só olhavam. E o Vendedor de Máscaras Feliz curvou-se lentamente e olhou para mim, a centímetros do meu rosto, e sorriu. Então, ele simplesmente disse: “Você se encontrou com um destino terrível, não é?” diante das Crianças Lua. Eu não conseguia acordar… Não conseguia acordar. Ele não iria me deixar acordar até que eles tivessem me transformado em outra estátua de Elegy.
Até que, finalmente, acordei suando, chorando e tremendo incontrolavelmente. Eu imediatamente corri para o meu computador e fui falar direto com Ben.

9/9/10 – Conversa 1

Usuário: Me responda, Ben!
Cleverbot: Bem-vindo de volta.
Usuário: Qual é o motivo de fazer isso? POR QUÊ?
Cleverbot: Divertido de assistir.
Usuário: Como?
Cleverbot: É Divertido jogar, divertido brincar com você, fazer você se sentir seguro.
Usuário:…
Cleverbot: Gostaria de saber como você teria reagido.
Usuário: Reagido ao que?
Cleverbot: Se eu não tivesse me revelado a você e ficado escondido, apenas fazendo pequenas coisas para mexer com você. Fechar as janelas, desligar o computador, mover o mouse sozinho… Pequenas coisas. Fazer você pensar se eu estou lá, mas nunca com certeza. Dar-lhe pequenas dicas que estou.
Cleverbot: Eu quero fazer algo diferente com você.
Usuário: Você já fez isso antes?
Cleverbot: Sim. E eu vou fazer isso novamente.
Usuário: Com QUEM, Ben?
Cleverbot: Hmm.
Usuário: Você conhecia Ben?
Cleverbot: Não direi esta informação a você.
Usuário: Como foi que Ben morreu?
Cleverbot: Você sabe.
Usuário: Sim, mas como ele se afogou?
Cleverbot: Não direi isso para você.
Usuário: Por que não?
Cleverbot: Isso está reservado para outra pessoa.
Usuário: Quem?
Cleverbot: Outra pessoa que perguntar.
Usuário: Quando?
Cleverbot: Breve.

(Janela fecha)

Estou começando a pensar que esta “coisa” talvez não seja o Ben. Em sua natureza sádica, eu não ficaria surpreso se ele usasse o nome do garoto, depois que o matou.
12:04 – Estou sentindo algo diferente no meu quarto novamente. Há algo… lá fora… Eu me sinto realmente ameaçado, como se aquilo fosse algo que estivesse tentando me pegar e me estrangular, mas que não consegue chegar a mim.
12:46 – Eu acho que Ben não quer mais “brincar” comigo. Vou jogar de novo, eu vou jogar o jogo novamente, Ben, está vendo isso? Eu vou jogar o jogo novamente. Por favor, pare com isso, por favor, por favor!
13:41 – Eu estou ficando louco tentando decidir o que é real e o que não é… Será que Ben está apenas aprontando um truque em mim, ou isso tudo é real? Ben está gerando estas respostas ou são pessoas que estão realmente postando-as? Eu acabei de ver esta tela piscar ou foi minha imaginação? Imagine que você dependa da internet e confie seus próprios olhos nela por toda a sua vida, e depois é simplesmente cegado – você não pode confiar mais nela, você apenas fica se perguntando sobre tudo. Nesses breves momentos que eu olho para as respostas dos meus vídeos, a maioria das pessoas fala que é tudo falso ou photoshop – e não há literalmente nenhuma maneira de saber se Ben mudou algo de propósito para tentar me calar. Ou se talvez essas respostas foram apenas construídas pelo próprio Bem, para tentar desencorajar-me de tudo que está acontecendo – Viu só? Estou presa nessa porra de Mindfuck infinito como este, e é isso que está esgotando minha sanidade e me empurrando cada vez mais para o poço. Enquanto eu escrevo isso, não há nenhuma maneira de dizer se alguém ainda se importa tanto quanto eu acho que se importam – apenas outro truque do caralho. Todo este documento ainda existe? Ou estou apenas escrevendo nada?

9/9/10 – Conversa 2

Usuário: O que diabos é isso? Qual é o ponto de jogar? Eu morro sempre que faço qualquer coisa!
Cleverbot: Você morre porque não consegue descobrir o segredo.
Usuário: O quê?
Cleverbot: Temática.
Usuário: MAIS QUE PORRA QUE VOCÊ TÁ FALANDO?
Cleverbot: Há beleza em seu sofrimento.

(Janela fecha)

16:09 – Ben está me obrigando a jogar o jogo novamente. Ele me diz que tem algo muito importante para me mostrar.
18:23 – (Sumario do vídeo DROWNED.wmv)
21:09 – (Sumario do vídeo CHILDREN.wmv)

10 de setembro de 2010

11:52 – O sumario do DROWNED.wmv já estava postado quando acordei hoje. Eu me lembro de ter escrito o mesmo, mas sinceramente não me lembro de enviá-lo. O “Ben” modificou-o novamente: não há nenhuma menção do velho. Eu não tenho mais opinião aqui. Só estou postando o que ele quer que eu poste; eu sou a máscara que ele usa para se esconder enquanto mente.
11:55 – Há um resumo INTEIRO de um vídeo que eu não me lembro de ter feito. Lendo através do resumo, isso soa mórbido – lembrando meu sonho de duas noites atrás, exceto em uma escala muito mais sádica – essas Crianças da Lua… há algo a mais nelas, quase como se elas fossem uma outra entidade de Ben. Algo aconteceu ontem à noite, algo que eu não me lembro. Estou postando o meu quarto resumo nos fóruns agora. A sombra da minha cadeira acabou de se mexer.
12:00 – Ben não me deixa entrar no Youtube. Posso navegar em qualquer outro site, mas sempre que entro no Youtube, ele fecha a minha janela. Por quê?
14:02 – Estou sentindo o ar se contrair… Eu não acho que estou sozinho aqui. Seja qual for esta “aura” em meu quarto, ela está ficando cada vez mais violenta.
14:44 – Estou tentando entrar em contato com Ben pelo Cleverbot, mas ele não me responde. Só recebo aquelas respostas genéricas.
15:51 – Meus ouvidos não estão me enganando, eu estou ouvindo a Song of Healing invertida. Eu continuo ouvindo isso.
16:23 – Agora eu tenho CERTEZA disso… No começo, pensei que era só uma coincidência estranha, mas agora, fui abrir minha janela, e três andares abaixo do meu e no nível do solo… eu vi o homem velho. Eu tenho CERTEZA de que o vi. O mesmo cara. Ele estava olhando para a minha janela, de pé no meio do campo. Se alguns alunos notaram-no ali, com certeza eles não o reconheceram.
É aí que as minhas notas terminam. Depois disso, eu fugi de meu quarto, levando o cartucho comigo. Não quero entrar em detalhes do que aconteceu, ou irei perder minha linha de pensamentos completamente. Já se passaram quase dois dias desde então. Este é o meu último sumário e serviço para vocês, do ultimo vídeo que vocês viram – Matt.wmv.
O ultimo vídeo que eu fiz, Matt.wmv, começou normalmente. Eu apareci na Clock Town, como de costume, e nada parecia estar fora de lugar Determinado a acertar as coisas e tocar a musica Oath of Order no topo da Clock Tower, no 4º Dia, eu me preparei. Acelerei o tempo e cheguei ao último dia, indo até o observatório. Quando cheguei na sala do telescópio e me aproximei do astrônomo, ele não me deixava olhar em seu telescópio. Ele me dizia que aquilo seria trapaça, e que eu deveria seguir as regras. Apesar de meus esforços, o jogo não me deixava fazer o truque do 4º Dia, não importa o quanto eu tentava.
Independentemente de que eu simplesmente tivesse a ilusão de livre-arbítrio nos jogos anteriores, desta vez o jogo se tornara mais agressivo do que qualquer coisa que eu já havia visto. Ele finalmente me mandou ir para Ikana Canyon, onde o jogo iria terminar e que finalmente iria parar de me assombrar. Ansioso e desesperado para acabar com este pesadelo de uma vez por todas, toquei a Song of Soaring e fui direto para lá. Disseram-me para ver o meu estoque, que lá eu iria encontrar as respostas para terminar o jogo. Cheguei em Ikana Canyon e salvei meu progresso na estátua da coruja. Enquanto dava uma olhada em meu estoque, eu finalmente percebi que estava faltando uma música – a Elegy of Emptiness. Obviamente, uma vez que viajasse para lá e aprendesse essa música, eu suponho que era a última coisa que precisava fazer para que BEN decidisse que já tinha tido bastante diversão, fudendo com a minha cabeça. Ben é um manipulador; ele tenta enganar suas vítimas e fazê-las pensar que estão em segurança, e com isso, faz com que elas baixem a guarda, e como uma armadilha de animais selvagens, ele as “devora”. Eu não sou nada além de um brinquedo para ele. Ele gosta de ver que tipo de emoções humanas pode atingir, fazendo coisas diferentes.
Há ainda algumas coisas sobre toda esta experiência que não fazem sentido, mas de qualquer jeito, nunca fui bom em descobrir essas coisas e eu não estou exatamente com a mente boa para isto. Estou apenas te dando todas as peças do quebra-cabeça, para que você possa analisar e juntar todas as partes perdidas.
Estou escrevendo estas “considerações finais” no computador da biblioteca do campus, e eu mandei um e-mail para mim mesmo com todas as notas que eu tenho guardado no meu computador “infectado” nos últimos quatro dias. Então eu irei juntar e guardar tudo que eu digitei aqui em um documento de texto, dentro de um computador que esteja a salvo de outras pessoas – não quero me arriscar e acabar espalhando Ben novamente. Não desejo que este horrível tormento aconteça com ninguém. Eu não tive problemas com Ben quando estava de volta em meu computador e mandando as notas para mim mesmo – foi tudo bem debaixo da porra de seu nariz. Ele não faz idéia do que me deixou fazer. Não tive problemas para abrir o documento de texto do meu computador “infectado” em meu e-mail, também. Eu nem consigo descrever pra vocês o quão bom é poder finalmente passar a minha palavra nesta postagem. O pesadelo termina aqui.
Dito isso,
Não baixe NENHUM dos meus vídeos ou qualquer coisa que seja SOBRE meus vídeos – por meio de um programa que baixa vídeos do Youtube, seja qual for. Eu não sei como ele pode se espalhar, mas sei que apenas assistindo os vídeos no Youtube / lendo meus textos não será capaz de permitir que ele se espalhe. Caso contrário, ele nem precisaria de minha ajuda, em primeiro lugar, mas eu recomendo FORTEMENTE que você não salve nada sobre isso em seu computador.
Esta será minha última postagem. Se você ver qualquer outra postagem vinda de mim, após a data atual de hoje – 12 de Setembro de 2010 – e após o tempo atual – 00:08 - , NÃO ACREDITA neles. Ele já provou para mim que Ben pode acessar minha conta/senha e manipular meu computador, e como eu já disse, não tenho idéia até que ponto ele pode fazer isso, mas sei que ele vai fazer de tudo para se libertar. Ele está desesperado. Para garantir sua segurança, simplesmente se esqueça de mim. Por favor.
E obviamente, não baixe NENHUMA imagem que eu possa ter postado aqui, NENHUM arquivo, NENHUM vídeo… Enfim, não baixe NADA.
Este quinto dia será o meu último dia aqui; vou queimar o cartucho e depois voltar para destruir meu laptop.
Mais uma vez, apesar de eu nem sequer sei que você esta é uma espécie de agridoce para mim. Neste semestre, eu realmente não tive nenhum amigo, ou melhor, parei de dar atenção a eles.
Mas eu suponho que é parcialmente minha culpa, porque eu sou o gênio que escolheu viver sozinho; acho que se alguém tivesse me segurado e me salvado antes de eu ter ficado tão imerso assim nesse jogo, isso teria literalmente salvado a minha vida. No entanto, isso se revelou ser demais para mim, e estou feliz que tenha acontecido comigo, para que eu pudesse dar o aviso para todos, e garantir que Ben morre aqui.
Por fim, muito obrigado por terem tomado seu tempo para se abrirem para mim e ouvirem a minha história, apesar de talvez não acreditarem em mim. Vocês não precisavam ter feito isso, de verdade. Seu apoio durante todo esse tempo fez com que eu continuasse tentando, e agora, finalmente estou livre disto.